O fim dos movimentos culturais da década de 60, e o início de uma nova era do capitalismo geraram o que podemos chamar da sociedade pós-moderna.
Surge assim, um novo perfil de sociedade, muito diferente daquele anterior à década de 70. A nova sociedade se encontra em período de transcendência, onde as mudanças tecnólogicas são extremamente rápidas e dominadoras.
Nesse contexto, dentro do modelo pós-industrial de produção, são privilegiados os serviços e a informação. A comunicação e a indústria cultural recebem papéis fundamentais na disseminação de idéias e valores desse novo sistema.
Desenvolve-se, assim, um processo de construção de uma cultura em nível global, sequenciando a cultura de massa cultivada e firmada em meados do século XX, formando um complexo sistema cultural mundial, com a universialização da informação e com a globalização, caracterizado pelo individualismo, pelo consumismo, pela ética hedonista – marcada pela valorização do entrenimento - e pela fragmentação do tempo e do espaço, reforçadas pelo crescimento da internet.
Mas por que “pós-moderna”?
No fim do século XV e início do século XVIII, a modernidade começa a ser criticada, enfraquecendo seus valores fundamentais, como a linearidade histórica rumo ao progresso e a crença na verdade, alcançável pela razão.
Para substituir tais dogmas, são propostos novos valores, mais abertos e menos categorizantes, que serviriam de base para um novo período, tido como “superação” da modernidade, com foco na ciência, no pensamento e na tecnologia: o pós-modernismo.
Alguns críticos alegam a aXXX do termo pela caracterização da terceira faze do capitalismo, seguindo a lógica cultural do capitalismo tardio.
Outros críticos preferem evitar o termo, pois alegam ainda não ter havido uma real ruptura com a modernidade, preferindo usar termos como “modernidade líquida” ou “hiper-modernidade”.
Pós, hiper ou líquida, certo é que vivemos, hoje, em um mundo onde todas as características aqui apresentadas - tais como o compartilhamento das informações a nível global, a “espetacularização”, a valorização do entrenimento e o individualismo - são evidentes e avassaladoras, e todos esses novos valores vão se firmando em nossa cultura, paradoxalmente, cada vez mais homogênea e diversificada, onde a informação corre pelo mundo e a internet ganha papel fundamental do dia-a-dia de todos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário